domingo, 26 de abril de 2015

Resgate histórico e preservação

Espaço conta história de manancial de Sorocaba

O espaço era um bicicletário mas atualmente é uma exposição com maquetes e cartazes informativos
Foto: Larissa Cirineo
Um local inaugurado especialmente para contar a história do rio Sorocaba, foi inaugurado no dia 22 de março deste ano. O Centro de Educação Ambiental (CEA) tem como principal objetivo trazer informações e promover diálogos entre as pessoas para aproximá-las da história do rio Sorocaba. O lugar que antes era um bicicletário, atende a população dando informações sobre a fauna, flora e apresentações de exposições e oficinas, além de doação de mudas. Atualmente o local recebe em torno de 500 pessoas entre alunos da rede pública de ensino de Sorocaba.
De acordo com Rafael Ramos Castellari, Biólogo e Chefe da Divisão de Educomunicação e Educação da Secretaria Ambiental de Sorocaba, saber sobre a história do rio é muito importante, pois o nascimento da cidade está atribuída justamente ao rio Sorocaba, “ A história de Sorocaba e seu  desenvolvimento dependeu muito do rio. Normalmente as grandes cidades nascem as margens dos rios por conta que ele tem uma série de recursos naturais para as pessoas e isso favorece o povoamento”, afirma o biólogo.
Animais taxidermizados representam toda a fauna da região
Ainda segundo Rafael, Sorocaba começou as margens do rio na região da Zona Norte onde aconteceu o primeiro assentamento de pessoas na região. Depois as pessoas migraram por conta do tropeirismo para as outras áreas da cidade.
Durante sua história o rio Sorocaba passou por um período de forte poluição entre as décadas de 50 até o final de 90. Antes disso, as pessoas costumavam a fazer campeonatos de nado e pesca no rio, mas por conta da carga de poluição os moradores se afastaram em razão dos compostos químicos e esgoto doméstico. Só a partir do início dos anos 2000 que houve um programa de despoluição.
Jacaré de Papo-Amarelo taxidermizado
O rio possui uma fauna típica do cerrado e da mata atlântica, biomas presentes na cidade de Sorocaba. Alguns dos animais são as Garças, Irerê, Ratão do Banhado, Pé vermelho, Colhereiro e até o Jacaré de Papo-Amarelo.
“Hoje a situação que temos é totalmente diferente. Temos uma fauna muito grande e diversidade de peixes. Tem a coleta de 97% do esgoto de Sorocaba. Essa carga poluidora do esgoto doméstico está sendo tratada. Isso fez com que a fauna retornasse aqui para o rio Sorocaba”, completa Rafael Ramos.
"É importante para os habitantes de Sorocaba terem uma visão geral da história e procurar questionar sobre o problema de poluição e como está o ambiente em que vivem. Eu procuraria saber como ele surgiu, as regiões que compõem e como anda a situação da pesca", afirma Agla Rafaela, estudante de Fisioterapia.
Todo o trecho da Avenida Dom Aguirre, possui cartazes informativos e curiosidades sobre o rio e suas espécies de peixes. Em suas margens, mudas foram plantadas para conservar a mata ciliar do local, esses locais estão demarcados com uma bandeira amarela. Além disso, estão sendo criados refúgios ecológicos e parques lineares ao longo do rio Sorocaba para ajudar a preservar muitas espécies da região e trazer bem estar aos sorocabanos.
Mudas plantadas para preservar a mata ciliar as margens do rio.
Antes de surgir o CEA, foi feita uma pesquisa de levantamento e catálogo de todas as espécies encontradas no rio e nas margens, em parceria com várias universidades de Sorocaba (Uniso, Unip, PUC, Ufscar). Dando origem ao livro: Biodiversidade do Município de Sorocaba, no qual um exemplar encontra-se no Centro de Educação Ambiental.

O CEA funciona de segunda a sexta-feira das 8h30 às 16h30 e aos domingos das 8h00 às 13h00 a entrada é gratuita e aberta a todos os interessados. 
  

sábado, 25 de abril de 2015

Sustentabilidade

 Palestra apresenta formas de 
transformar lixo orgânico em adubo

A preocupação com a sustentabilidade faz aumentar
o interesse pela prática da compostagem (foto: Jessé Miantti)
    Discutir alternativas para os resíduos domésticos, como a redução de volume do lixo descartado e dicas de técnicas de compostagem para produzir adubo para plantas, foram alguns dos temas tratados no evento "Reduza o lixo, produza adubo", que promoveu na última quarta-feira (22), um bate-papo do público com um agente de educação ambiental da unidade do SESC em Sorocaba.
Alexandre Anezio, agente de
educação ambiental do SESC (foto: J.M.)
    Na oportunidade, os participantes puderam tirar dúvidas sobre a compostagem, que é o processo biológico no qual a matéria orgânica (folhas, cascas de ovos, frutas, verduras, etc) é utilizada para a produção de adubo, reciclando o lixo que seria depositado em aterros sanitários. Esse processo ajuda na redução das sobras de alimento, e é uma solução fácil para quem deseja reciclar os resíduos que são gerados na residência.
    Existem diversos tipos de composteiras, sendo que duas são as mais usadas. A primeira exige um espaço maior, pois a matéria orgânica é depositada diretamente no solo. O segundo modelo de composteira, é também conhecido como minhocário doméstico, pois pode ser mantido até mesmo dentro da residência. Nele, minhocas e microorganismos transformam o lixo orgânico em adubo.
    “Por ser um sistema fechado, o minhocário é ideal para que tem pouco espaço, porque você pode deixar ele no apartamento , cozinha,  ou até na lavanderia.  Se você manejar ele direito,  não haverá problemas com odores”, explica o agente de educação ambiental do SESC, Alexandre Anezio, que ministrou a oficina.
Modelo de composteira
comercial (foto: divulgação)

   O agente de educação ambiental também ressalta os tipos de resíduos domésticos que não devem ser colocados na composteira. “O ideal é não utilizar alimentos cozidos, nem processados, no minhocário ou na composteira. Podemos colocar cascas e restos de frutas, evitando as frutas que são ácidas (laranja, limão, abacaxi), pois elas podem acidificar o minhocário”, finaliza Alexandre.
    Para quem ainda não conhecia as técnicas de compostagem, o encontro serviu como aprendizado. “Eu tenho uma horta pequena no meu quintal, mas eu comprava o adubo para as plantas. Agora que eu aprendi aqui a fazer uma composteira, vou montar uma em casa para começar a fazer adubo. Eu gostei muito dessa ideia”, diz a aposentada Sebastiana Miranda Sodré, 59 anos.


  Se você se interessou pelo assunto, o vídeo abaixo explica como fazer uma composteira em casa.

Como realizar o trabalho de compostagem:

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dia da Terra

Conscientização no Dia Internacional da Terra

Nasa/NOOA

O Dia Internacional da Terra foi ideia do senador e ativista ambiental americano  Gaylord Nelson, com o objetivo de conscientizar sobre os cuidados ambientais para proteger o planeta Terra. Em 22 de abril de 1970, ativista reuniu duas mil universidades e dez mil escolas em um evento para chamar a atenção do governo sobre a importância da preservação ambiental. O movimento trouxe boas conquistas e o governo decidiu criar a Environmental Protection Agency (Agência de Proteção Ambiental).
O senador Gaylord Nelson
Mas só 37 anos depois do movimento iniciado por Nelson, é que a ONU criou o Dia Internacional da Terra celebrado em 22 de abril. Já que a data fala de conscientização, não podemos esquecer que não basta só saber a história do dia da Terra ou para que esta data é comemorada. Nosso dever é contribuir para que possamos fazer a nossa parte e assim ajudar a Terra, que atualmente está sob estado de alerta por conta de mudanças climáticas, falta d’água, contaminação do solo e lençóis freáticos, entre muitos outros problemas.
Para isso é necessário saber reutilizar, reciclar e preservar os recursos ambientais que estão a nossa volta. Atitudes simples no cotidiano podem ajudar, algumas delas são:
curiosocia.com

1 Fechar a torneira enquanto escova os dentes;

2 Poupar água na hora do banho;

3 Não deixar muitas luzes acesas ao mesmo tempo;

4 Separar o lixo em reciclável e orgânico;

5 Plantar uma árvore;

6 Evitar usar copos e outros recipientes de plástico (Eles demoram centenas de anos para se decompor);

7 Reutilizar a água da máquina para lavar o quintal da sua casa;

8 Evitar máquinas de secar roupa, elas gastam mais energia;

9 Poupar o combustível do seu carro;

10 Por fim, passe estas dicas a familiares e amigos para que juntos possamos fazer da Terra um lugar melhor para se viver.

Informações do site Uma Vida Verde

terça-feira, 14 de abril de 2015

Orquídeas

 Círculo Orquidófilo ensina técnicas de cultivo da planta

Manoel Riyis tira dúvidas dos participantes (foto: Jessé Miantti)
 “Técnicas simples e eficazes para o cultivo de diferentes espécies de orquídeas em variados espaços”, foi esse o tema da oficina promovida pelos associados do Círculo Orquidófilo Sorocabano, em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC).  O evento que ocorreu no último sábado (11), reuniu cerca de 20 pessoas na unidade do SESC em Sorocaba.
  
  Antes do início da oficina, os participantes conheceram o orquidário da unidade que reúne diversas espécies da planta. No local, puderam tirar dúvidas sobre os cuidados com as orquídeas. Após a visita, os participantes receberam algumas orientações sobre o cultivo das espécies e então cada visitante foi presenteado com uma muda da planta para poder aplicar na prática os ensinamentos recebidos durante o encontro. 
Orquidário do SESC (foto: J.M.)
  Segundo o aposentado Luiz Alberto Aparecido Vicenti, 71 anos, a oficina é uma oportunidade para aperfeiçoar o cultivo das plantas que ele tem em casa. “Isso é muito importante porque a gente que conhece um pouco passa a conhecer muito mais”, conta o aposentado .

  “Achei muito importante, pois a gente passa a conhecer melhor a planta, como cuidar dela, e assim a gente consegue cultivar de uma forma correta”, explica  Maria José Prezotto, 67 anos, que acabou descobrindo na oficina  que estava cultivando orquídeas em casa de forma errada.


Espécie Cattleya labiata (foto: J.M.)
   Para o presidente do Círculo Orquidófilo Sorocabano, Manoel Riyis, que ministrou a oficina, alguns cuidados precisam ser tomados no momento da rega. “Se o substrato no qual a planta está contida estiver úmido, não há necessidade de regar novamente. Se a planta estiver fora de casa, em um terraço, por exemplo, precisa ter um cuidado um pouco maior com a rega, pois geralmente a planta fica pendurada e a água escorre com mais facilidade. O vaso pode até ter um prato para armazenar água após a rega, mas depois de uns 10 minutos tire a água do pratinho e recoloque o pratinho seco, aí você consegue manter a planta sem apodrecer a raiz”, afirma Riyis.

  A luminosidade é outro fator fundamental para o desenvolvimento da orquídea. “Sol direto na planta só até às 10h, ou então na parte da tarde depois das 16h (No horário de verão é melhor expor ao sol depois das 17h30). Se houver tela de sombreamento, aí você pode deixar a planta à vontade, porque a tela controla a luminosidade”, finaliza Manoel Riyis.

  As reuniões mensais do Círculo Orquidófilo Sorocabano são abertas a qualquer pessoa interessada, seja para aprender algumas técnicas de cultivo como para apreciar as orquídeas em exposição. Elas ocorrem no terceiro domingo de cada mês, das 9h ao meio-dia, no Jardim Botânico.

Endereço: Rua Miguel Montoro Lozano, 340 – Jardim Dois Corações, Sorocaba/SP.

Veja ainda:

+ Festival de Orquídeas leva cores e fragrâncias diferentes a Osasco

+ Pesquisador da UFSC encontra menor flor de orquídea já registrada no mundo

domingo, 12 de abril de 2015

Homem e natureza

Prática ecológica mostra como controlar pragas e observar a natureza



Daniel ensinando a fazer a receita de Fumo de Corda
Foto: Larissa Cirineo


Uma oficina sobre “Controle ecológico de pragas” foi realizada na quinta-feira (9), esta é a segunda, de uma série de oficinas promovidas pelo SESC de Sorocaba. Com o objetivo de unir as práticas de controle de pragas com reflexão e experiências de vida, os participantes tiveram a oportunidade de aprender receitas para aplicar em suas hortas ou até dentro de suas casas. As ações foram apresentadas por Daniel Nunes, Psicoterapeuta, especializado em Terapias Naturais e que sempre teve muito interesse pela natureza.
De acordo com Daniel, atualmente as pessoas vivem com muita informação, mas não sabem como usá-las vendo a natureza como algo estranho, mas que na verdade fazemos parte dela. “Nós podemos aprender olhando na natureza o que devemos fazer para resolver algumas coisas dentro da gente”, explica. Ele também completa que o ser humano trata a praga sempre da mesma maneira, o que não mostra nenhum resultado. Assim, é preciso saber observar os reais problemas que uma planta apresenta.


Foto: Larissa Cirineo


Ele explica que a praga se desenvolve rápido e em grande quantidade. Desta forma, ela é um sinal de uma falta de harmonia no solo ou nas plantas. Para trata-las é necessário muita água e luz, estes componentes ajudam a resolver a maior parte dos problemas de uma horta.
Segundo Daniel, as pragas mais comuns são as cochonilhas, pulgões, formigas e fungos. Elas são parasitas que sugam a seiva das folhas e enfraquecem a planta. Para combatê-las é necessário cuidado na hora de adubar. A planta precisa de nitrogênio para o crescimento, fósforo para o crescimento de raízes, maturação de grãos e frutos e potássio que auxilia no crescimento de frutos. Uma dica é usar esterco de galinha e de vaca para adubar as plantas.
Maria Lúcia Carvalho Borges (62), disse que devemos olhar para a natureza com mais atenção e que a oficina veio em um momento muito oportuno. “Vou utilizar na minha casa, eu tenho uma horta pequena que está com formigas e também vou passar as dicas para os meus amigos que tem sítios”, afirma. 
Na oficina foi discutido sobre como alguns tipos de pragas garantem sua sobrevivência e até que ponto podemos matar estes seres. Um exemplo dado foi o das lesmas e caracóis, o correto seria capturar estes bichos e levá-los a um ambiente com comida, mas longe da horta, preservando a espécie.


                                                                                                   Maria Lúcia disse que devemos respeitar o espaço dos insetos na natureza
Foto: Larissa Cirineo 

Os participantes aprenderam a fazer uma receita de Corda de Fumo que afastam as pragas das plantas ajudando na recuperação das hortas. Eles também receberam um caderno com receitas para vários casos específicos de pragas. Confira abaixo, a receita de Fumo de Corda para utilizar em sua horta. 

Fumo de Corda
100g de fumo de corda
0,5L de álcool
0,5L de água
100g de sabão neutro
Misture o fumo de corda já cortado em pedacinhos com o álcool e a água e deixe curtir poir 15 dias. Depois deste período, dissolva o sabão em 10L (em caso de forte infestação) de água e junte a mistura curtida.
Pulverize nas plantas

 

Os participantes também assistiram vídeos sobre insetos e pragas
                                  Foto: Larissa Cirineo 





domingo, 5 de abril de 2015

Aprendizado

Oficina em Sorocaba explica como confeccionar uma horta vertical

A oficina despertou interesse nos visitantes do parque (foto: Jessé Miantti)

Os visitantes do Parque Natural “Chico Mendes” puderam participar no último sábado (4), de uma oficina sobre Horta Vertical que foi promovida pela Secretaria do Meio Ambiente (SEMA). Na oportunidade, foi ensinado gratuitamente como cultivar hortaliças e condimentos utilizando materiais simples. A atividade que foi desenvolvida integra o Ciclo de Oficinas “O Chico Ensina” e tem como objetivo realizar práticas para a melhoria da qualidade de vida, além de restabelecer o contato das pessoas com a natureza.

No modelo de horta vertical que foi desenvolvido no parque, os vasos foram feitos de garrafas-PET, reutilizando um material que se fosse jogado no meio ambiente demoraria cerca de 400 anos para se degradar.
 Participantes aprenderam na prática como cultivar plantas
alimentícias de maneira prática, fácil e barata (foto: J.M.)

Segundo Rafaella Penitente Pereira, 23 anos, que é estudante de engenharia ambiental e estagiária da SEMA, alguns cuidados devem ser tomados para manter a horta saudável. “É importante regar diariamente sem encharcar a planta, senão ela pode morrer. Além disso, a horta precisa receber pelo menos 3 horas de sol diariamente”, explica Rafaela, que também nos apresenta alguns tipos de plantas que podem ser cultivadas. “Na horta vertical podem ser plantadas hortaliças como alface, hortelã, salsa e manjericão, além de ervas e flores que tenham pouca raiz, pois são plantas que não crescem muito e se adaptam muito bem a garrafa PET”, finaliza a estagiária, que também ministrou a oficina no parque.
Lourdes Rizzo (foto: J.M.)
Quem participou da atividade prática gostou da experiência. “Eu achei a oficina maravilhosa. Eu fiz questão de fazer para poder passar para o meu irmão, cunhada e também para uma amiga minha. Seria maravilhoso se todo mundo tomasse consciência e fizesse uma horta dessas, livre de agrotóxicos em casa”, afirma a aposentada Maria de Lourdes Rizzo, 67 anos.
Patrícia Modenese (foto: J.M.)

“Deu para aprender bastante coisa. Eu já conhecia esse tipo de horta vertical, mas nunca tinha visto ninguém fazendo. É melhor aprender  na prática porque dá mais disposição para fazer em casa depois”, diz Patrícia Modenese, 45 anos, que vai aplicar o modelo de horta em sua casa.

Mesmo que você não tenha uma área livre grande, é possível desenvolver essa ideia em um pequeno espaço de sua casa. Aprenda a fazer assistindo o vídeo abaixo: