sexta-feira, 8 de maio de 2015

Reciclagem

Coleta Seletiva é tema de 
audiência pública em Sorocaba
Apenas 310 toneladas de resíduos são reciclados
 mensalmente na cidade (Foto:Jessé Miantti)
Com o objetivo de traçar um diagnóstico da coleta seletiva na cidade, uma audiência pública foi realizada no paço municipal, na tarde da última quinta-feira (07). No encontro que reuniu secretários, vereadores, e representantes de cooperativas, foi apresentado o Plano de Coleta Seletiva de Sorocaba, que identifica entre vários aspectos, o volume, características, origem e as formas de destinação dos materiais recolhidos.
Engenheiro Enéias César
(Foto: J.M.)
    O trabalho foi desenvolvido por técnicos da prefeitura e por profissionais de uma consultoria contratada. Os dados foram apresentados pelo engenheiro Enéias César, que foi responsável pela gestão do plano. São 15 mil toneladas de resíduos sólidos gerados todos os meses no município, mas apenas 310 toneladas são recicladas. O Plano de Metas prevê que pelo menos até 2018 o volume de material reciclado seja dobrado.
    Além disso, o estudo apontou que Sorocaba tem cerca de 800 catadores autônomos. Mais da metade deles possui o ensino fundamental incompleto (51%), e a maioria dos trabalhadores (57%) são do sexo masculino. O diagnóstico também mostrou que ao menos 13% dos catadores informais já trabalharam em cooperativas de reciclagem.
Miguel Almeida (Foto: J.M)
   Para o coordenador da cooperativa Reviver, Miguel Arcanjo de Jesus Almeida, é preciso exigir dos governantes uma política pública que atenda as necessidades das cooperativas e cooperados. “Foi apresentado hoje o volume de resíduos gerados e as dificuldades que nós encontramos enquanto cooperativa para fazer com que as coisas aconteçam. É sabido que há morosidade do poder público na questão de lei e de processos, mas deveria ter um pouco mais de agilidade”, explica o coordenador que também demonstra uma preocupação em relação aos catadores informais. “Uma coisa que deixa nós como cooperativa chateados, é esse número de pessoas na rua trabalhando como catadores autônomos. Nós sabemos que [os catadores] têm dificuldade de se organizar. As condições de trabalho são bastante precárias e desumanas inclusive. Ainda eles desconhecem o papel da cooperativa”, diz.
Dezenas de pessoas compareceram à audiência (Foto: J.M)
    “A gente precisa que a prefeitura trabalhe pela coleta seletiva, porque é através dela que a gente tira o nosso pão de cada dia. Não dá para ficar só na conversa. Está na hora de tomar atitude em favor do povo”, afirma a catadora de materiais recicláveis, Izabel de Souza Teixeira, 42 anos.
    Pelo menos mais dois encontros devem ocorrer (incluindo mais uma audiência pública) para que o Plano de Metas seja finalizado. O diagnóstico da coleta seletiva pode ser visualizado no portal da Prefeitura.

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